Enquanto o pavão corria cansado
No mastro, a bandeira fincada surgia
Trazendo planícies pro seu balançado
Comendo delícias, pra tua alegria
Jogando alfinetes no corpo docente
Dois pontos perdidos no meio da frase
Comiam um grande pedaço de pão
Titubeando e caindo da base
O sétimo estrago no papel alumínio
Amassado e roído por traças hostis
A praia lotada, faz do feriado
A casa da areia do povo feliz
Imagem lombada no pôster colado
No alto da porta do seu calhambeque
Me deixa intrigado o nosso telhado
No calor sinistro, utiliza-se o leque
Grão de feijão na bacia do pano
Enrugados por seu ventre traquinas
Quatro dedos não rasgam envelope
A barra de ferro rachou as esquinas
Barriga de grávida tornou-se souvenir
Pro gringo galego gozado
Que, enturmado com o bando de fanfarrões
Visita o rochedo abarrotado
E nisso, vai-se e vem-se, e vence
Vem si e dó se vai
Doído e deitado no berço eloqüente
O doido varrido pela enchente
Frederico Formiga